Banheiro “sem gênero” pode ser considerado transfóbico?
Já se deparou com um banheiro sem gênero ou “neutro” no seu trabalho ou algum lugar público? É algo transfóbico? Esse tipo de ambiente tem sido cada vez mais comum, principalmente em razão da discussão sobre o direito das pessoas trans de utilizarem os banheiros conforme a própria identidade de gênero (proibir é crime de transfobia, como explicamos aqui).
Os banheiros “sem gênero”, ainda que não tenham sido criados especificamente para pessoas trans, vem sendo apresentados como uma alternativa ao binarismo de gênero. Algumas pessoas consideram um banheiro sem gênero excludente e utilizado para segregar uma categoria de pessoas… Já outros consideram isso uma evolução, pensando no ambiente neutro como uma alternativa para quem não se encaixa nesse binarismo (masculino/feminino).
A Bicha da Justiça perguntou ao seu público no Instagram qual era a opinião deles a respeito:
Afinal, os banheiros ‘neutros’ ou ‘sem gênero’ são (ou não) transfóbicos?
Banheiro sem gênero é transfóbico?
Nas respostas, as opiniões ficaram bem dividas entre pessoas que apoiam ou não a implantação desses banheiros em ambientes públicos. Veja alguns comentários!
Respostas
“Acho que homens de qualquer sexualidade ainda são, culturalmente, abusivos. Entendo o banheiro feminino (para cis e trans) como uma política afirmativa de proteção e cuidado com as mulheres. Mas posso estar errado.”
“Transfóbico é NÃO TER banheiro neutro. Não bináries existem!”
“No meu caso, que sou homem trans, se tivesse um banheiro masculino e um neutro, eu continuaria entrando no masculino. Na minha opinião, o banheiro neutro só serviria para expulsar as pessoas trans do banheiro referente ao gênero que se identificam, com a desculpa de que tem um ‘banheiro só pra gente’.”
“Acho ótimo, até porque inclui pessoas não binárias. Às vezes, é bem desconfortável ter que escolher um dos gêneros. É bom ter uma opção neutra.”
“Sinceramente? Eu sou transhomem pré-hormonização, e eu seria muito grato se as pessoas fossem capazes de respeitar um ao outro dentro de um banheiro público, sendo ele gênero neutro ou sem gênero. Apesar de serem apenas privadas sanitárias entre paredes onde deveria haver apenas um objetivo lá dentro, me sinto desconfortável dentro do banheiro feminino por não me definir parte do mesmo gênero. Contudo, sinto medo do banheiro masculino devido ao preconceito e às atitudes de alguns homens, pelo fato de eu ainda não possuir características físicas masculinas.”
Quando banheiros neutros ou “sem gênero” podem ser considerados transfóbicos?
Nós explicamos! O banheiro sem gênero é positivo, desde que não seja utilizado para discriminar pessoas trans e não binárias. Ou seja, se esse banheiro for destinado para uso exclusivo de pessoas trans sem que elas possam utilizar o banheiro conforme sua própria identidade de gênero, então, estamos diante de um ato transfóbico, sim.
Entretanto, se for apenas mais uma opção para as pessoas trans e não binárias, não há qualquer problema. Por fim, se estivéssemos em uma sociedade mais evoluída, o ideal seriam banheiros de utilização individual e independentes do gênero.
Sofreu transfobia na hora de utilizar o banheiro de acordo com a sua identidade de gênero? Processinho neles! Um advogade especialista em direitos LGBTQIA+ vai fazer toda a diferença. Fale com a Bicha da Justiça aqui.
[…] Nos últimos anos, os planos de saúde têm sido, cada vez mais, condenados à liberação do procedimento de feminização facial com cobertura integral das cirurgias. Fato que causa um impacto relevante para a ruptura de preconceitos e no avanço dos direitos trans e dos processos de desconstrução de uma sociedade transfóbica. […]
[…] que me sinto exposta. Não é possível contar as vezes nas quais fui abordada ao entrar no banheiro feminino. Hoje em dia é automático para mim adentrar o banheiro mexendo no sutiã, para que notem […]
[…] Mas, diante desse cenário de uma perspectiva positiva de apoio do setor corporativo às causas da diversidade, fica a pergunta: como ser uma empresa que apoia os direitos da comunidade LGBTQIA+ sem ser lgbtfóbica? E, vamos além: como ser uma empresa que apoia a diversidade e não ter colaboradores homofóbicos ou transfóbicos? […]
Eu tenho uma dúvida. vão criar banheiros não-binário ou vão transformar todos os banheiros em não-binário ? (A resposta parece meio óbvio, porém tem pessoas que não sabem!)
Olá, sou o Vinicius, suporte da Bicha da Justiça. Temos muito interesse em te ajudar em suas dúvidas. Peço a gentileza que acesse o link: https://share.hsforms.com/1ADbzJq5BRguaPHuPDflPhg36q0d e preencha o formulário para direcionarmos ao setor correto para melhor respondê-lo.
Eu costumo dizer quanto a banheiros por generos, que já vem desde o século passado (já que banheiro como concebido de alvenaria, surgiu por volta de 1950, antes era a “casinha”, até nem era na casa)! Ai adolescencia hormonios a mil, como se diz, muitos tem iniciação sexual, modalidade homossexual! Depois muitas pessoas sentem a cobrança social: casamento e netos são lembrados! Em 2018, um colega de 35 anos e eu com 52 anos, começamos a nos paquerar quando nos encontravamos no banheiro, até que um dia, comentou que queria ter experiência homo comigo! Como eu era ultimo a sair do setor e ele do setor vizinho ao meu, mas com funcionários que saiam mais tarde com ele (era chefe do setor), então transamos no meu setor, claro sabendo que não podiamos demorar, Depois da transa, comentou nada diferente em si, da relação hetera, ainda disse a ele, como que eu já estivesse previamente relaxado e pronto a ser penetrado, ele concordou, fluiu o “improviso” muito bem!