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Liderança inclusiva: como trazer a diversidade para a empresa na prática

Liderança inclusiva: como trazer a diversidade para a empresa na prática

13 de maio de 2022 1 Por Renata Rocha Mendes Ferreira

Como já falamos aqui, não é suficiente contratar pessoas de diferentes perfis, exigindo dos candidatos até mesmo soft skills como diversidade. Sua empresa também precisa praticar o que prega e ter estrutura para recebê-los bem. A educação começa no topo da hierarquia, afinal, gestores precisam ser os maiores exemplos. Já deixou de ser aceitável um líder agir de forma preconceituosa em qualquer hipótese. Você já ouviu falar em liderança inclusiva?

A nova maneira de liderar uma organização é pautada na equidade, para que todes recebam o mesmo tratamento e sintam segurança e pertencimento. De acordo com a Harvard, equipes com líderes inclusivos têm 17% mais chances de atingir um alto desempenho. Ou seja, isso é bom para os seus funcionários, sua empresa e para você mesmo como pessoa. Ninguém sai perdendo nessa equação.

Em um mundo onde se fala cada dia mais em incluir indivíduos LGBTQIA+, negros, com deficiência e de todos os tipos sem diferenciação, não há mais espaço no mercado para uma chefia inflexível e desumana. Isso é tão 2005! Os líderes da atualidade sairão na frente em todos os sentidos – e você pode ser um deles. Por isso, hoje a Bicha da Justiça decidiu trazer as seis principais características de uma liderança inclusiva para te ajudar. Confira!

 

Passo a passo para uma liderança inclusiva

Segundo a Deloitte, os quatro maiores desafios para os líderes do futuro (já presente) estão na gestão da diversidade de mercado, de consumidores, de ideias e de talentos. As demandas estão mudando ao longo dos anos, abrangendo principalmente produtos e serviços mais personalizados.

Além disso, a tecnologia da informação muda tudo a cada dia, com suas rápidas inovações que trazem poder de fala. E, o mais importante, existe uma necessidade latente de igualdade de oportunidades para todas as pessoas no mercado de trabalho.

Em suma, uma liderança inclusiva precisa ter como base uma escuta ativa e empática, comunicação não violenta, um ambiente seguro, adaptação, resiliência, equidade nas relações de trabalho, feedbacks respeitosos baseados em evidências profissionais e, principalmente, promover e incentivar a diversidade. Mas quais são os traços principais para chegar nisso, de acordo com a mesma pesquisa?

 

6 comportamentos da liderança inclusiva

Comprometimento

A liderança inclusiva é comprometida com a diversidade e inclusão (D&I), pois esses objetivos estão alinhados com seus valores pessoais, além de acreditarem em resultados a longo prazo. Isso demanda tempo e energia, já que seu compromisso verbal com a inclusão é a real prioridade.

Criar uma cultura inclusiva é algo que se inicia na gestão e precisa haver um forte senso de responsabilidade pela mudança. É necessário definir metas e trabalhar para chegar lá. Desenvolver interesses compartilhados e se alinhar com a equipe na maneira de fazer isso é um ótimo começo.

Coragem

Uma liderança inclusiva precisa ser humilde sobre seus pontos fortes de forma corajosa, para revelar com transparência as próprias limitações. É importante haver abertura e disposição para questionar certas práticas organizacionais enraizadas que não são coerentes com a diversidade.

Existe uma vulnerabilidade, já que ser um agente de mudanças traz alguns desafios, especialmente no início. Saiba correr riscos e se permita falhar ao longo da jornada, sacodindo a poeira e, depois, seguindo em frente. Paciência e persistência são as palavras-chave para seguir com comprometimento, sem desistir com os desafios.

Reconhecimento dos preconceitos

O único jeito de transformar a realidade é reconhecendo os pontos que precisam ser modificados. Os vieses inconscientes costumam ser onde o calo de um líder aperta, trazendo possíveis decisões injustas e até irracionais. Boa parte das crenças que aprendemos e registramos ao longo da vida já não servem mais e reforçam estereótipos. Mas as pessoas não podem ser julgadas por eles, e sim tratadas com base em suas características únicas.

Para combater o preconceito no cotidiano, principalmente de uma empresa, é preciso se atentar aos resultados, processos e comunicação. As classificações de desempenho e remuneração e as oportunidades de promoção e desenvolvimento são baseadas na capacidade e no esforço do seu funcionário? E as decisões, são tomadas de forma transparente e consistente, partindo de informações precisas, ou há opiniões das pessoas afetadas influenciando em algo? O resultado disso é explicado com clareza e respeito para elas?

Curiosidade

Ser uma liderança inclusiva é ter a mente aberta para compreender perspectivas alheias sobre o mundo. Um bom gestor precisa ter sede de conhecimento e buscar sempre aprender, renovando a curiosidade de investigar com muita empatia o que for necessário para crescer. Assim, os colaboradores se sentem vistos e valorizados.

A curiosidade incentiva conexões e traz diferentes pontos de vista, proporcionando também uma variação nas ideias, clientes e talentos. Já demos algumas dicas valiosas aqui para começar a implementar a diversidade na prática nas empresas, incluindo a disponibilização de vagas afirmativas para pessoas LGBTQIA+ e a capacitação técnica dos setores contra a LGBTfobia. Informação nunca é demais, sendo o primeiro passo para todo o resto.

Inteligência cultural

Antes de tudo, em uma organização, a liderança inclusiva deve ser confiante e eficaz na promoção de interações culturais. Além de compreender as semelhanças e diferenças entre culturas, é necessário notar de que forma a própria cultura influencia na visão pessoal de mundo e os estereótipos advindos dela afetam as expectativas em relação às outras pessoas.

A motivação para aprofundar em diferentes culturas e aprender com a experiência profissional em ambientes desconhecidos é um ponto forte. Então, exercita-se ainda mais a valorização das diferenças, evitando o julgamento de outras culturas como melhores ou piores e construindo conexões mais fortes. Cada indivíduo possui sua própria singularidade e deve ser aceito como membro do time.

Colaboração

Por fim, e não menos importante, esse é um dos principais traços para uma liderança inclusiva desenvolver. Não basta criar e alavancar o pensamento diverso, mas também capacitar o grupo. Colaborar é trabalhar em equipe, reunindo ideias diferentes para ter novas soluções para antigos problemas ou desenvolver algo inédito.

Portanto, uma colaboração de sucesso envolve a disposição para compartilhar e ouvir os diversos pontos de vista. Então é fato que um líder competente preza pela diversidade de pensamento e não se esquece de aproveitar ao máximo a composição e talentos únicos de cada pessoa ali presente.

 

Como iniciar uma liderança inclusiva?

Saiba que você já deu o primeiro passo com a leitura deste texto. Mas não adianta entrar por um ouvido e sair pelo outro, hein? De passinho em passinho você chega lá, basta querer. Nós queremos e estamos aqui para te ajudar.

A Bicha da Justiça tem um time especialista em direitos LGBTQIA+ para auxiliar sua empresa a estruturar um programa de diversidade personalizado, tornando sua liderança inclusiva como nunca. Agende uma conversa conosco aqui!

 

Foto: Urich Santana/Tem Que Ter

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