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Saúde no Brasil: doação de sangue e a homossexualidade

Saúde no Brasil: doação de sangue e a homossexualidade

12 de junho de 2018 0 Por Bicha da Justiça

Você sabia que o Brasil desperdiça 18 milhões de litros de sangue ao ano por preconceito? A quantidade de voluntários já é pequena, e quem deseja aumentá-la e contribuir nem sempre pode. A polêmica da doação de sangue e a homossexualidade já é antiga, mas até hoje não foi resolvida!

Saúde no Brasil: doação de sangue e a homossexualidade

Imagem: Creative Commons

De acordo com a revista Super Interessante, segundo o IBGE, “101 milhões de homens vivem no país e, do total, 10,5 milhões é homo ou bissexual. Levando em consideração que cada homem pode doar até quatro vezes em um ano, com a restrição dessa parcela da população, são desperdiçados 18,9 milhões de litros de sangue por ano.”

Doação de sangue e a homossexualidade: as regras

O Supremo Tribunal Federal – STF está discutindo se homens que têm relacionamentos sexuais com outros homens podem doar sangue… Já que existe uma norma em nosso país hoje em dia que afirma que homens nessa situação não são aceitos como doadores. O prazo de vedação da doação de sangue é de 12 meses após o último ato sexual. Basicamente, homens que têm relações sexuais com outros homens teriam que ficar de quarentena durante quase um ano, toda vez que transassem, para poderem doar sangue.

A vedação a doação do sangue é completamente impertinente! Qualquer pessoa que queira doar sangue já passa por uma bateria de exames. A solução seria simples: apenas incluir na série de exames os que detectam as doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. A parcela da população doadora de sangue já é baixa demais para perdermos mais voluntários por puro preconceito.

Doação de sangue e a homossexualidade: desperdício por preconceito

Na teoria, a Anvisa e o Ministério da Saúde afirmam que a orientação sexual não deve ser usada como critério para seleção de doadores. E que as regras não são discriminatórias. Mas, na prática, não é bem assim que acontecem as coisas nos hemocentros. Não se pode presumir que o sangue de um homossexual seria inapto à doação! Isso viola a igualdade entre as pessoas e a dignidade de quem quer doar sangue.

Os hemocentros fazem campanhas frequentemente pedindo doações porque o banco de sangue está com índice baixo. Muitas vidas poderiam ser salvas com a doação de sangue dos homossexuais! Já passou da hora de mudar esse cenário preconceituoso que prejudica tanto a área da saúde.

 

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