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Como denunciar o preconceito na internet?

Como denunciar o preconceito na internet?

5 de fevereiro de 2020 5 Por Bicha da Justiça

Quem nunca foi vítima de preconceito na internet que atire a primeira pedra. Comentários maldosos nas mídias sociais, nos apps de relacionamentos e no Whatsapp sobre identidade de gênero e sexualidade acontecem cotidianamente.

Ameaças, provocações, xingamentos e muito preconceito. Tudo isso tem se tornado rotineiro na internet, principalmente porque algumas pessoas acreditam que, por estarem em um ambiente virtual, estão isentas de qualquer responsabilidade por seus atos.

Mas, não é bem assim, tanto no mundo virtual quanto no físico preconceito é crime, que pode levar a pessoa preconceituosa à prisão. Por isso, aprenda agora a se defender e denunciar os ataques dos haters.

1º passo: Colete evidências

Quanto mais provas você juntar, mais fácil será a condenação do preconceituoso. Por isso, não perca tempo, printa tudo!

Faça capturas de tela (printscreen) que mostrem todos os comentários indevidos e, em seguida, imprima todas as imagens. Essa dica é importante e deve ser feita o quanto antes, pois o agressor pode, a qualquer momento, apagar o comentário.

Foto Simulação: captura de tela de um ataque LGBTfóbico. O seu print deve conter o nome do agressor.

2º passo: Tornar as provas com mais valor

Existem duas formas de deixar as provas que você printou com mais valor. A primeira custa mais caro, mas é a mais indicada. Leve as provas que você coletou ao cartório de notas da sua cidade e peça para eles reconhecerem a sua autenticidade.

O cartório vai verificar se o que está impresso condiz com o que está na internet, ou seja, vão acessar a página original onde o preconceito aconteceu e, a partir disso, irão reconhecer suas provas como verdadeiras.

Se você não tem condições de arcar com as despesas do cartório, saiba que por mais que seja um passo relevante, ele não é obrigatório e você não deve desistir de dar continuidade no seu processo.

Outra alternativa é usar um serviço de captura online de provas, como, por exemplo, verifact. É bem mais barato!

3º passo: Vá a delegacia de polícia

Com todos os documentos em mãos vá a uma delegacia de polícia da sua cidade. Se onde você mora existe um núcleo especializado em atendimento ao público LGBTI+ dê preferência para ele, em virtude do preparo para o atendimento da nossa população.

Entretanto, se não houver o núcleo especializado, vá para uma delegacia comum e peça para abrirem uma investigação.

4º passo: Denúncias online

Por fim, mas não menos importante, denuncie o agressor na mídia social em que ocorreu o crime. As redes costumam ter um botão que permite que qualquer ação que fuja às diretrizes da plataforma seja penalizada.

Então, se foi um crime cometido no Facebook, por exemplo, não deixe de denunciar, pois isso também é uma maneira de punir o agressor.

Bicha, é muito importante que você não deixe o criminoso passar impune, principalmente em casos mais graves. E se houver risco iminente à sua vida ou integridade física, contate a polícia imediatamente.

Caso a vítima seja outra pessoa, oriente para que ela siga estes mesmos passos. Siga o Bicha da Justiça nas outras mídias sociais. Sempre há dicas relacionadas a comunidade LGBTI+. Facebook (@bichadajustica), Instagram (@bicha_da_justiça).

 

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